sábado, 24 de outubro de 2009

O fim do papel?


“Mi mi mi, não troco o cheiro do papel por um leitor eletrônico. Mi mi mi, gosto de folhear as páginas, não precisa de bateria, nem manual de usuário e suporta quedas. Mi mi mi, danem-se as árvores!”
Pois saibam, miguxos, que a Amazon, a maior entre as livrarias on-line, lançou o Kindle no Brasil, aparelho para ser usado na leitura de textos em formato digital. O nome deriva dos verbos acender e iluminar em inglês. Não é o primeiro desse tipo de produto, chamado genericamente de e-reader. Tem conexão direta com a Amazon sem a intermediação de um computador. A livraria oferece mais de 200.000 livros digitalizados, os chamados e-books. Há também uma seleção de jornais americanos e europeus, 250 blogs e a Wikipedia, a enciclopédia da web.

Ele reproduz arquivos em PDF que podem ser transferidos direto do seu computador (scans, he he).
O conteúdo é baixado para o Kindle por telefonia celular (3G ou Edge), sem custo para o usuário. Já os livros e jornais precisam ser pagos. Um título recém-lançado sai por 11,99 dólares. Obras de catálogo são vendidas por menos de 1 dólar. Seja qual for o número de páginas da obra, o tempo de download não chega a ser um problema. O aparelho armazena em torno de 200 livros. O teclado permite consulta a textos arquivados e à Wikipedia. "O Kindle pode não substituir os livros, mas faz coisas que eles não fazem", disse Jeff Bezos, dono da Amazon, no lançamento do produto. O Kindle não é barato – custa 585 dólares, pouco mais de mil reais (com impostos e frete). Pesa 300 gramas. É ligeiramente mais grosso que um lápis e tem o formato aproximado de um livro-padrão. Ou seja, pode ser carregado numa pasta sem causar incômodo. O visor, com 15 centímetros na diagonal, usa tecnologia criada pela E-Ink, empresa que nasceu no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A tela é constituída por cápsulas microscópicas, preenchidas por pigmentos pretos e brancos. Estes são ativados por uma corrente elétrica, formando as letras. Ao contrário dos computadores e dos celulares, quanto mais claro o ambiente, mais nítida fica a tela.

Em dois anos os displays devem ser coloridos e existem projetos para esses leitores digitais recarregarem suas baterias com luz solar e com as ondas eletromagnéticas do ambiente de sinais de rádio e tv (parece coisa do Warren Ellis). Já existem e-readers como um modelo da Fujtisu com tela colorida, mas deve custar mais de 2.000 reais aqui no Brasil e possuem excesso de reflexos em ambientes claros, o que não compensa a compra.
A oferta de amplo conteúdo permite à dupla Kindle-Amazon um sonho mais ambicioso: representar para o mercado editorial o que outra dupla, a Apple-iPod, significou para a indústria fonográfica – uma reviravolta monumental.
As vendas de e-readers sobem exponencialmente no mundo todo, ameaçando os livros impressos, três vezes mais caros que um arquivo digital em média, que provavelmente farão companhia aos discos de vinil e aos cds nas estantes dos saudosistas pegando poeira e cheirando a mofo.

Dica glitter: http://www.estantevirtual.com.br/ - É a maior rede de sebos virtual do Brasil.

Beijos molhados.

3 comentários:

Anônimo disse...

vão toma banho..mais de 1.000 pila...fico com meu ds que dá pra ler de pdf a .srt e custa agora 400
no mercado-libre...

abraços!!!

Ckreed disse...

Incrível como tudo lá fora é muuuuuuuuuuito mais barato que aqui. Geralmente a metade ou um terço do preço praticado aqui. Muito imposto e sede de lucro. Depois reclamam de pirataria.

Monitor disse...

Sou roots,prefiro o classico!